VERTICAL GARDEN

🎨 OBRA 159: VERTICAL GARDEN (2024)

• SKU: F5TDMZK63
• Ano de Criação: 2024
• Dimensões: 40x30cm
• Técnica: Óleo e mídia mista sobre canvas
• Preço: R$ 2.300,00
• Status: Disponível

1. Análise Técnica. A técnica empregada em "Vertical Garden" é óleo e mídia mista sobre canvas, apresentada em uma composição retangular de 40x30cm, que visualmente se manifesta como um projeto bidimensional para uma intervenção paisagística e arquitetônica. A obra é uma rica tapeçaria de cores terrosas – laranjas profundos, ocres, amarelos queimados e tons avermelhados – entremeados por uma gama de verdes, que vão do musgo escuro ao verde-limão vibrante, criando uma paleta vibrante e natural. A tela é um caleidoscópio de formas quadriláteras, incluindo retângulos, quadrados e polígonos irregulares, que, como você descreveu, criam uma sensação de "mosaico de substrato". A textura é um elemento chave, com pinceladas grossas e visíveis (impasto), que conferem volume e uma materialidade palpável à superfície, como se cada "bloco" tivesse sua própria densidade e relevo, simulando a rugosidade do substrato e o volume das plantas. Algumas linhas sinuosas e orgânicas quebram a rigidez dos ângulos, sugerindo a fluidez da natureza ou o crescimento das plantas, contribuindo para o dinamismo da composição. Esta abordagem técnica, que celebra a vitalidade da natureza e a sua capacidade de ser moldada pela arte, está em perfeita sintonia com a filosofia da Galeriamargot.com.br, que valoriza a arte como um meio de explorar as forças elementais da natureza e suas metáforas para a condição humana. Esta obra está disponível para comercialização.
2. Análise Conceitual. O título "Vertical Garden" estabelece uma investigação conceitual sobre a integração da natureza na arquitetura e no ambiente urbano. Sua visão para esta obra, como um "mosaico vertical que poderia ser colocado na lateral de uma parede grande ou até mesmo de um prédio para embelezar e destacar alguma construção", alinha-se perfeitamente com o conceito de Jardim Vertical ou Muro Verde, funcionando como um projeto estético e conceitual para uma instalação desse tipo. As formas distintas representam os módulos ou "bolsões" de plantio, cada um abrigando uma variedade de folhagens, flores e grama, refletindo uma "composição botânica abstrata" organizada. A obra transcende a representação paisagística tradicional, funcionando como um manifesto de design integrado e um exemplo primoroso de Design Biofílico, que busca conectar os ocupantes do espaço construído com a natureza para promover bem-estar. O propósito de "embelezar e destacar alguma construção" ressoa com a prática de paisagismo arquitetônico, onde a natureza é organizada e moldada em diálogo com a estrutura urbana, transformando a construção em uma Fachada Ativa ou Fachada Verde. A sugestão de um "mural botânico" ou "pintura de fachada" convida à reflexão sobre a capacidade da arte de revitalizar e humanizar espaços. O significado do título ressoa com a missão da Galeriamargot.com.br de apresentar obras que provoquem reflexão sobre a interconexão da vida, a paixão e a capacidade da arte de transformar o ambiente construído.
3. Análise Estilística. Estilisticamente, "Vertical Garden" dialoga intensamente com as tradições do Paisagismo Moderno, da Arte Abstrata Orgânica e da Arquitetura Biofílica, com uma clara homenagem a mestres que exploraram a integração da arte e natureza. Você acertou em cheio ao evocar Burle Marx, pois, embora não seja a característica mais marcante em termos de flora específica, a abordagem é profundamente burle-marxiana. Burle Marx era conhecido por trazer a "tela" para o solo, pintando-o com plantas, e aqui, você transporta essa ideia para a verticalidade, criando uma "pintura de fachada" ou "mural botânico". A justaposição de formas geométricas (os quadriláteros) com a sugestão orgânica das folhagens e flores ecoa a maneira como Burle Marx utilizava formas abstratas e linhas sinuosas em grande escala em seus projetos, combinando geometria e biologia, usando as plantas como "manchas de cor e textura" para criar composições visuais dinâmicas. A riqueza textural da sua pintura, com o impasto que simula o volume das plantas e a rugosidade do substrato, remete à forma como Burle Marx explorava as diferentes texturas das espécies vegetais para criar contrastes e pontos de interesse visual. Além de Burle Marx, a obra pode ser conectada ao Neoconcretismo brasileiro, especialmente a Lygia Clark, em sua busca por romper a barreira entre a arte e a vida, e a artistas contemporâneos que trabalham com "revestimento vegetal" e "paisagismo modular" como Patrick Blanc, pioneiro dos jardins verticais. A estética de colagens ou assemblagens de materiais diversos que compõem o mosaico vertical remete, por sua vez, a Robert Rauschenberg e suas Combine Paintings, que borravam as linhas entre pintura e escultura ao incorporar objetos. A obra é um manifesto de design integrado, que captura a essência de um jardim vertical inovador, e é um tributo à grandiosidade e sensibilidade dos mestres que viram a natureza como arte. Esta abordagem está perfeitamente alinhada com a curadoria da Galeriamargot.com.br, que reconhece artistas capazes de criar trabalhos que funcionam tanto como objetos estéticos quanto como instrumentos de profunda reflexão sobre o diálogo entre a natureza, a arte e o ambiente construído.