POPE

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PORTUGUÊS

Estilo e Contexto Artístico
"POPE" apresenta-se como uma obra notável de neo-expressionismo figurativo contemporâneo, executada em óleo e mídia mista sobre canvas (74 cm × 24 cm). O artista emprega uma abordagem que evoca simultaneamente a tradição dos retratos eclesiásticos distorcidos de Francis Bacon e a intensidade cromática de Chaïm Soutine, porém com uma sensibilidade decididamente contemporânea. O formato excepcionalmente vertical e estreito (proporção aproximada de 3:1) impõe uma compressão visual que intensifica a presença da figura papal, criando uma tensão espacial que amplifica o impacto emocional da obra. A composição centraliza uma representação estilizada e parcialmente abstraída do pontífice, onde a tradicional vestimenta branca emerge como uma forma espectral contra um fundo de tonalidades carmesim, púrpura e dourado oxidado – cores historicamente associadas ao poder eclesiástico, mas aqui tratadas com uma paleta que sugere tanto esplendor quanto decadência. Esta justaposição cromática estabelece imediatamente um diálogo visual sobre a dualidade do poder religioso: sua aspiração à transcendência e sua inevitável materialidade.

Materialidade e Técnica
A execução técnica revela um domínio excepcional dos materiais: camadas translúcidas de óleo se alternam com aplicações texturizadas de mídia mista, criando uma superfície multidimensional que evoca tanto os tecidos luxuosos das vestes papais quanto a fragilidade da carne humana sob elas. Particularmente notável é o tratamento do rosto, onde pinceladas gestuais e imprecisas criam uma fisionomia deliberadamente ambígua – simultaneamente individual e universal, presente e ausente. Esta ambiguidade facial contrasta com o tratamento mais definido das vestes cerimoniais, sugerindo a tensão entre a pessoa mortal e o cargo eterno. A aplicação de materiais não convencionais – possivelmente incluindo folha de ouro envelhecida, cinzas ou pigmentos terrosos – nas áreas que representam os paramentos litúrgicos cria uma qualidade reliquial que evoca tanto manuscritos medievais quanto artefatos arqueológicos. Esta materialidade complexa transforma a obra em um objeto quase devocional em si mesmo, operando na fronteira entre pintura e relíquia.

Significado e Narrativa Visual
"POPE" transcende o retrato convencional para evocar uma meditação visual sobre poder, mortalidade e fé na contemporaneidade. O título monossilábico "POPE" estabelece uma distância objetiva que contrasta com a intensidade emocional da execução pictórica, criando uma tensão produtiva entre distanciamento conceitual e engajamento visceral. A figura papal, historicamente um dos símbolos mais poderosos da autoridade espiritual ocidental, é apresentada em um estado de transformação ambígua – entre materialização e desmaterialização, afirmação e questionamento. Esta ambiguidade reflete debates contemporâneos sobre o papel das instituições religiosas tradicionais em um mundo cada vez mais secular e fragmentado. A verticalidade extrema da composição evoca tanto a aspiração à transcendência quanto o peso da tradição, enquanto a distorção figurativa sugere as pressões transformadoras exercidas sobre estruturas de autoridade ancestrais na era digital. A obra convida o espectador a contemplar como símbolos religiosos continuam a exercer poder imaginativo mesmo em contextos pós-religiosos.

Relevância Contemporânea
Em uma era caracterizada por reavaliações críticas de instituições tradicionais e estruturas de poder, "POPE" posiciona-se no centro de debates culturais urgentes sobre autoridade, tradição e espiritualidade. A obra dialoga com a crescente secularização das sociedades ocidentais, mas também com o persistente fascínio cultural pelos símbolos e rituais religiosos, mesmo quando esvaziados de seu conteúdo teológico original. Ao mesmo tempo, a técnica mista empregada, que combina métodos tradicionais de pintura a óleo com materiais contemporâneos, reflete a hibridez característica da prática artística atual e sua relação complexa com tradições históricas. A representação ambivalente da figura papal – simultaneamente venerável e vulnerável, poderosa e precária – espelha tensões contemporâneas entre tradição e inovação, autoridade institucional e autonomia individual, fé herdada e espiritualidade personalizada. Esta oscilação entre reverência e questionamento posiciona a obra em diálogo produtivo com correntes artísticas contemporâneas que reexaminam criticamente iconografias históricas.

Impacto Sensorial e Filosófico
O impacto visual de "POPE" é imediato e multidimensional. O formato excepcionalmente vertical cria uma presença quase totêmica no espaço expositivo, evocando associações com vitrais góticos, ícones bizantinos e obeliscos antigos – todos objetos concebidos para mediar entre o terreno e o transcendente. Esta verticalidade impõe ao espectador uma experiência corporal específica: o olhar é forçado a um movimento ascendente que mimetiza o próprio impulso devocional de elevação espiritual. Simultaneamente, a materialidade tátil e por vezes abjetiva da superfície pictórica nos puxa de volta à realidade física, criando uma oscilação perceptiva entre transcendência e imanência que espelha a própria condição do pontífice como ponte entre mundos. Esta dualidade sensorial faz de "POPE" uma obra que opera simultaneamente como objeto de contemplação estética e como catalisador para reflexão filosófica sobre os paradoxos fundamentais da experiência religiosa: como o infinito se manifesta através do finito, como o eterno se expressa através do temporal, como o divino se comunica através do humano. Em última análise, a obra não oferece respostas definitivas, mas cria um espaço contemplativo onde estas questões perenes podem ser reexaminadas à luz de sensibilidades contemporâneas.

ENGLISH

Style and Artistic Context
"POPE" presents itself as a remarkable work of contemporary figurative neo-expressionism, executed in oil and mixed media on canvas (74 cm × 24 cm). The artist employs an approach that simultaneously evokes the tradition of Francis Bacon's distorted ecclesiastical portraits and Chaïm Soutine's chromatic intensity, yet with a decidedly contemporary sensibility. The exceptionally vertical and narrow format (approximate ratio of 3:1) imposes a visual compression that intensifies the papal figure's presence, creating a spatial tension that amplifies the emotional impact of the work. The composition centralizes a stylized and partially abstracted representation of the pontiff, where the traditional white vestment emerges as a spectral form against a background of crimson, purple, and oxidized gold tones – colors historically associated with ecclesiastical power, but here treated with a palette that suggests both splendor and decay. This chromatic juxtaposition immediately establishes a visual dialogue about the duality of religious power: its aspiration to transcendence and its inevitable materiality.

Materiality and Technique
The technical execution reveals an exceptional mastery of materials: translucent layers of oil alternate with textured applications of mixed media, creating a multidimensional surface that evokes both the luxurious fabrics of papal vestments and the fragility of human flesh beneath them. Particularly notable is the treatment of the face, where gestural and imprecise brushstrokes create a deliberately ambiguous physiognomy – simultaneously individual and universal, present and absent. This facial ambiguity contrasts with the more defined treatment of the ceremonial garments, suggesting the tension between the mortal person and the eternal office. The application of unconventional materials – possibly including aged gold leaf, ashes, or earthy pigments – in the areas representing liturgical paraments creates a reliquary quality that evokes both medieval manuscripts and archaeological artifacts. This complex materiality transforms the work into an almost devotional object in itself, operating at the boundary between painting and relic.

Meaning and Visual Narrative
"POPE" transcends conventional portraiture to evoke a visual meditation on power, mortality, and faith in contemporary times. The monosyllabic title "POPE" establishes an objective distance that contrasts with the emotional intensity of the pictorial execution, creating a productive tension between conceptual detachment and visceral engagement. The papal figure, historically one of the most powerful symbols of Western spiritual authority, is presented in a state of ambiguous transformation – between materialization and dematerialization, affirmation and questioning. This ambiguity reflects contemporary debates about the role of traditional religious institutions in an increasingly secular and fragmented world. The extreme verticality of the composition evokes both the aspiration to transcendence and the weight of tradition, while the figurative distortion suggests the transformative pressures exerted on ancestral authority structures in the digital age. The work invites the viewer to contemplate how religious symbols continue to exert imaginative power even in post-religious contexts.

Contemporary Relevance
In an era characterized by critical reassessments of traditional institutions and power structures, "POPE" positions itself at the center of urgent cultural debates about authority, tradition, and spirituality. The work dialogues with the increasing secularization of Western societies, but also with the persistent cultural fascination with religious symbols and rituals, even when emptied of their original theological content. At the same time, the mixed technique employed, which combines traditional oil painting methods with contemporary materials, reflects the characteristic hybridity of current artistic practice and its complex relationship with historical traditions. The ambivalent representation of the papal figure – simultaneously venerable and vulnerable, powerful and precarious – mirrors contemporary tensions between tradition and innovation, institutional authority and individual autonomy, inherited faith and personalized spirituality. This oscillation between reverence and questioning positions the work in productive dialogue with contemporary artistic currents that critically reexamine historical iconographies.

Sensory and Philosophical Impact
The visual impact of "POPE" is immediate and multidimensional. The exceptionally vertical format creates an almost totemic presence in the exhibition space, evoking associations with Gothic stained glass, Byzantine icons, and ancient obelisks – all objects conceived to mediate between the earthly and the transcendent. This verticality imposes a specific bodily experience on the viewer: the gaze is forced into an ascending movement that mimics the devotional impulse of spiritual elevation itself. Simultaneously, the tactile and sometimes abject materiality of the pictorial surface pulls us back to physical reality, creating a perceptual oscillation between transcendence and immanence that mirrors the pontiff's own condition as a bridge between worlds. This sensory duality makes "POPE" a work that operates simultaneously as an object of aesthetic contemplation and as a catalyst for philosophical reflection on the fundamental paradoxes of religious experience: how the infinite manifests through the finite, how the eternal expresses itself through the temporal, how the divine communicates through the human. Ultimately, the work offers no definitive answers but creates a contemplative space where these perennial questions can be reexamined in light of contemporary sensibilities.

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Sobre a loja

A Galeria Margot nasceu do olhar sensível e da jornada pessoal do médico e artista plástico Fábio Teixeira. Fundada como um espaço de expressão e resiliência, a galeria celebra a arte contemporânea em suas diversas formas, refletindo a paixão de seu idealizador por cores, texturas e a capacidade transformadora da criação artística. Mais que uma galeria, é um lugar onde a arte floresce como um legado de amor e superação.

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