CARNIVORE SOUL

Código: TYC3AFYR6
12x de R$ 116,66
R$ 2.800,00 R$ 1.400,00
Comprar Estoque: Disponível
    • 1x de R$ 1.400,00 sem juros
    • 2x de R$ 700,00 sem juros
    • 3x de R$ 466,66 sem juros
    • 4x de R$ 350,00 sem juros
    • 5x de R$ 280,00 sem juros
    • 6x de R$ 233,33 sem juros
    • 7x de R$ 200,00 sem juros
    • 8x de R$ 175,00 sem juros
    • 9x de R$ 155,55 sem juros
    • 10x de R$ 140,00 sem juros
    • 11x de R$ 127,27 sem juros
    • 12x de R$ 116,66 sem juros
  • R$ 1.400,00 Pix
  • R$ 1.400,00 Boleto Bancário
* Este prazo de entrega está considerando a disponibilidade do produto + prazo de entrega.

CARNIVORE SOUL

 

Introdução CARNIVORE SOUL não apenas mostra: ela morde. É uma pintura que assume o corpo como instrumento e a gravidade como parceira, transformando a superfície vertical em um campo de caça onde gesto, matéria e tempo travam duelo. A escala (75 x 45 cm) concentra a energia num eixo ascensional, como um clarão visceral irrompendo do escuro.

Estilo Inscrita no Abstracionismo Expressionista, a obra abraça a Action Painting como método e destino. O dripping não é ornamento; é caligrafia nervosa do corpo — fios tensos, veias pulsantes, espirros abruptos que sobrevoam e ferem o campo. A composição indexa um núcleo eruptivo rodeado por orbitas cromáticas que alternam compressão e abertura. Amarelos incandescentes e vermelhos ferruginosos irrompem sobre pretos abissais e verdes terrosos, instaurando uma dramaturgia de calor e sombra. O “acaso” da queda da tinta é disciplinado por reenquadramentos gestuais, criando um ritmo de picos e respiros: uma partitura de tensão, fome e descarga. O resultado é um caos dirigido, onde o olhar é arrastado do centro luminoso às margens densas e de volta, num loop predatório.

Técnica A alquimia de materiais é decisiva. O esmalte oferece brilho úmido e viscosidade elástica, perfeito para linhas que alongam e gotas que coagulam em cristas. O óleo injeta corpo, saturação e uma temporalidade distinta — áreas mais oleosas atrasam a secagem, permitindo esfumaçamentos, arrastes e fusões; em contraste, o esmalte sela e espelha, gerando choques entre planos mate e vítreos. A mídia mista introduz granulações e porosidades que retêm pigmento e quebram o reflexo, criando microrelevos que capturam a luz em ângulos diferentes. A alternância de lançamentos (altos e rasantes), densidades (diluído/espesso) e tempos (molhado/morno/seco) é legível nos filamentos contínuos, nas gotas estilhaçadas e nas crostas onde cores se interpenetram sem perder identidade. A gravidade atua como coautora, desenhando quedas que o artista intercepta com giros, torções e contra-gestos.

Enredo O título convoca uma fábula telúrica: “alma carnívora” como impulso primário — sobreviver, devorar, transformar. O centro luminoso pode ser lido como víscera/estrela, um coração faminto que pulsa entre veias verdes de pântano e incisões negras de abismo. Não há figura; há sugestão — de dentes, garras, trilhas, sangue metálico. A pintura encena o ciclo: atração, captura, dilaceração, digestão. É também sobre nós: o desejo que nos move, o risco que nos funda, a violência inerente à vida que cria e consome. Em lugar de moral, a obra propõe um pacto sensorial: aproximar-se, deixar-se respingar, reconhecer no esplendor do gesto o rumor do próprio instinto.

Conclusão CARNIVORE SOUL afirma o gesto como pensamento e a matéria como memória do impacto. Entre controle e colapso, ela metaboliza a iconografia da ferocidade numa partitura luminosa e tensa. Não pede decifração literal; exige presença. Ao final, o que permanece é o eco de um rugido — íntimo, incontornável.


ENGLISH

Introduction CARNIVORE SOUL doesn’t depict; it bites. This is a painting that recruits the body as instrument and gravity as accomplice, turning a vertical surface into a hunting ground where gesture, matter, and time collide. The format concentrates energy in an upward axis, like a visceral flare tearing through darkness.

Style  Rooted in Abstract Expressionism, the work embraces Action Painting as both method and fate. Dripping is not decoration; it is the body’s agitated handwriting—tense filaments, pulsating veins, sudden splashes that traverse and scar the field. The composition orbits an eruptive core, alternating compression and release. Incandescent yellows and iron-laden reds burst over abyssal blacks and earthen greens, staging a theater of heat and shadow. The “chance” of falling paint is domesticated by counter-gestures, generating a rhythm of spikes and breaths—a score of tension, hunger, and discharge. The result is directed chaos: the gaze is dragged from the luminous center to dense edges and back again, in a predatory loop.

Technique Material alchemy is crucial. Enamel supplies wet sheen and elastic viscosity, ideal for stretched lines and congealed droplets that build ridges. Oil brings body, saturation, and a different temporality—oily zones slow drying, enabling smudges, drags, and fusions; enamel, by contrast, seals and mirrors, yielding clashes between matte and vitreous planes. Mixed media introduces grain and porosity that trap pigment and fracture reflections, forming micro-reliefs that catch light at shifting angles. Variations in throw (high/low), density (thin/thick), and timing (wet/tacky/dry) are legible in continuous filaments, shattered droplets, and crusted overlaps where colors interpenetrate without losing identity. Gravity co-authors the picture: drops are laid down, then intercepted by twists, turns, and counter-moves.

Narrative The title summons a chthonic fable: a “carnivore soul” as primal drive—to survive, to devour, to transform. The luminous core reads as viscera/star, a hungry heart pulsing among swampy greens and abyss-cutting blacks. There is no figure, only suggestion—teeth, claws, tracks, metallic blood. The painting stages a cycle: lure, capture, tear, digest. It is also about us: desire as engine, risk as foundation, the violence inherent in life that creates as it consumes. Rather than morals, the work proposes a sensory pact: step closer, accept the splatter, recognize in the splendor of gesture the rumor of your own instinct.

Conclusion CARNIVORE SOUL asserts gesture as thought and matter as the memory of impact. Between control and collapse, it metabolizes the iconography of ferocity into a luminous, tensile score. It does not ask to be decoded; it demands presence. What remains is a roar’s afterimage—intimate, inescapable.

12x de R$ 116,66
R$ 2.800,00 R$ 1.400,00
Comprar Estoque: Disponível
Sobre a loja

A Galeria Margot nasceu do olhar sensível e da jornada pessoal do médico e artista plástico Fábio Teixeira. Fundada como um espaço de expressão e resiliência, a galeria celebra a arte contemporânea em suas diversas formas, refletindo a paixão de seu idealizador por cores, texturas e a capacidade transformadora da criação artística. Mais que uma galeria, é um lugar onde a arte floresce como um legado de amor e superação.

Pague com
  • Pagali
  • Pix
Selos
  • Site Seguro

Galeria Margot - CPF: 543.143.139-00 © Todos os direitos reservados. 2025